Se existe uma coisa que une todos os homens, que iguala todos os homens, é que todos os homens, quando interessados por uma mulher, sabem que tem que se apresentar diante dela, fazer sua melhor tentativa, e arriscar levar um fora. O homem mais rico do mundo e o mais pobre do mundo tem que passar por isso da mesma maneira.
Claro que existem muitas mulheres dispostas a se entregar a um homem em posição de poder financeiro, sendo elas prostitutas ou não. Mas homens ricos também correm o risco de uma vez ou outra se interessar por uma mulher que não está interessada apenas em posses materiais, e que também lhe diga não. Para nós, homens mortais, não tão atraentes fisicamente, nem ricos, levar fora faz parte da vida, é vida que segue, é normal. Mas para um cara rico e poderoso, acostumado a ter tudo o que quer quando quer, levar um fora pode ser completamente diferente. Quando uma mulher dá um fora num cara rico e poderoso, é como se ela estivesse dizendo que ele não é especial nem difefente. Ele de fato é como todos os outros homens, sucetível a levar um fora a qualquer momento.
Lembro sempre da cena do filme "cidade de Deus", quando o Zé Pequeno, líder da quadrilha de traficantes, e temido por todos está numa situação onde perde completamente seu poder. É na festa, onde ele vê que todos estão dançando, menos ele. Zé Pequeno se aproxima de uma garota e pergunta se ela quer dançar com ele. Nesse momento, Zé Pequeno está completamente diferente de como estava em todo o resto do fime, porque agora ele realmente está Pequeno. Sem poder nenhum. No momento em que ele faz a sua apresentação pra a garota, e dá a ela o poder de aceitá-lo ou rejeitá-lo, todo o seu poder de chefe não vale nada.
As mulheres querem se empoderar com razão, mas nesse momento em particular, a mulher sempre teve todo o poder e o homem nunca teve poder nenhum, porque é convenção na sociedade que o homem tome a iniciativa, e se coloque na posição de ser aceito ou rejeitado. Homens em posição de poder não sabem lidar com isso, porque estão acostumados demais a ter o controle sempre. Na falta de ter seu poder financeiro reconhecido, de ter sua posição de poder questionada, vão apelar pra outra forma mais simples e direta de demonstrar poder. A violência. Violência essa que pode também sair impune pela ação do poder financeiro.
DJ
quarta-feira, 5 de junho de 2019
terça-feira, 21 de maio de 2019
MOVENDO PESSOAS.
Existem três maneiras de mover as pessoas. A primeria, melhor e mais difícil de alcançar é a criação de uma consciência coletiva. Um sentimento de "pertencimento" a alguma coisa, de um coletivo no qual eu estou inserido. Esse é o sentimento do japonês que varre a rua para que a rua fique limpa. Ele varre não apenas a parte da rua que fica diretamente em frente a casa dele, ou do comércio dele. Ele varre porque se sente parte do coletivo "Japão". Se sente responsável por parte daquela rua, na qual ele quer dar sua colaboração ao todo. Também sentimos isso ao perticipar de qualquer esporte coletivo. Nenhum dos membros do time é mais importante do grupo e seu objetivo maior. Num time eu sou sempre uma parte que trabalha para o todo. O objetivo do grupo se sobrepõe ao meu.
Na falta de uma consciência coletiva, as pessoas se movem por dinheiro. Dê dinheiro a alguém e essa pessoa fará o que foi paga pra fazer. Essa atitude porém, não terá um objetivo maior, mais elevado do que conseguir aquele dinheiro imediato, que será usado para objetivos imediatos, que logo se apresentarão novamente. Não existe um sentido coletivo. Pelo contrário, leva a uma individualização, a um isolamento. Preciso do meu dinheiro para as minhas coisas. Cria-se a sociedade onde todos estão tentando tirar dinheiro uns dos outros para seus objetivos particulares. A economia gira pela falta de um lado e abundânica de outro. Diz-se que a publicidade é a arte de separar as pessoas de seu dinheiro, assim comoo roubo, assalto, o sequestro, etc. A falta da consciência coletiva e a predominância da individualidade facilita o pensamento de que posso tirar do outro para mim, mesmo que seja a força. Meu dinheiro será utilizado comigo mesmo e minha família no máximo.
Na falta de dinheiro, as pessoas se movem por ideogia. A maneira mais fácil, rápida e perigosa de todas. Mover as pessoas por ideologia é como vender o bilhete da mega-sena. Eu estou te vendendo uma ideia, algo abstrato, que só existe na sua cabeça. A ideia de que você vai ficar rico, ou a ideia de que todos o seus problemas tem uma única origem ou soluções muito fáceis. Cria revolta e medo. Coloca a culpa em um grupo de pessoas, vem logo depois com uma solução ideológica. Pode vir ou não junto de um salvador da pátria, se a coisa for pelo caminho da política. Crie um inimigo para depois combatê-lo. Não importa se ele existe ou não. Você não vai ficar rico com um bilhete de mega sena. Comunismo não existe no mundo de hoje. A ideologia é a perversão do pensamento comum coletivo porque divide em facções. Um inimigo deve existir. Na sociedade ideologia é a forma de medida usada sempre que dinheiro não é um fator na questão. Só pobres discutem por ideologia. Ricos só discutem por dinheiro. Eles nos dão ideologia porque não vão nos dar dinheiro. A maioria das pessoas jogaria sua ideologia pela janela ao primeiro sinal de que ela está atrapalhando um ganho financeiro.
Ideologia é sempre o que faz os soldados irem para a batalha, já que o estado não vai dividir os lucros da guerra igualmente com seus soldados. Ideologia pode ser considerada a moeda de troca do pobre. É quase como um "bitcoin" das relações humanas. Praticamente não existe em termos palpáveis. Pouco ou nada vai mudar nossa vida prática, já que esta é bem mais influenciada pela posse ou não de dinheiro. No entanto ultimamente se torna cada vez mais a medida de nossas relações.
DJ.
Na falta de uma consciência coletiva, as pessoas se movem por dinheiro. Dê dinheiro a alguém e essa pessoa fará o que foi paga pra fazer. Essa atitude porém, não terá um objetivo maior, mais elevado do que conseguir aquele dinheiro imediato, que será usado para objetivos imediatos, que logo se apresentarão novamente. Não existe um sentido coletivo. Pelo contrário, leva a uma individualização, a um isolamento. Preciso do meu dinheiro para as minhas coisas. Cria-se a sociedade onde todos estão tentando tirar dinheiro uns dos outros para seus objetivos particulares. A economia gira pela falta de um lado e abundânica de outro. Diz-se que a publicidade é a arte de separar as pessoas de seu dinheiro, assim comoo roubo, assalto, o sequestro, etc. A falta da consciência coletiva e a predominância da individualidade facilita o pensamento de que posso tirar do outro para mim, mesmo que seja a força. Meu dinheiro será utilizado comigo mesmo e minha família no máximo.
Na falta de dinheiro, as pessoas se movem por ideogia. A maneira mais fácil, rápida e perigosa de todas. Mover as pessoas por ideologia é como vender o bilhete da mega-sena. Eu estou te vendendo uma ideia, algo abstrato, que só existe na sua cabeça. A ideia de que você vai ficar rico, ou a ideia de que todos o seus problemas tem uma única origem ou soluções muito fáceis. Cria revolta e medo. Coloca a culpa em um grupo de pessoas, vem logo depois com uma solução ideológica. Pode vir ou não junto de um salvador da pátria, se a coisa for pelo caminho da política. Crie um inimigo para depois combatê-lo. Não importa se ele existe ou não. Você não vai ficar rico com um bilhete de mega sena. Comunismo não existe no mundo de hoje. A ideologia é a perversão do pensamento comum coletivo porque divide em facções. Um inimigo deve existir. Na sociedade ideologia é a forma de medida usada sempre que dinheiro não é um fator na questão. Só pobres discutem por ideologia. Ricos só discutem por dinheiro. Eles nos dão ideologia porque não vão nos dar dinheiro. A maioria das pessoas jogaria sua ideologia pela janela ao primeiro sinal de que ela está atrapalhando um ganho financeiro.
Ideologia é sempre o que faz os soldados irem para a batalha, já que o estado não vai dividir os lucros da guerra igualmente com seus soldados. Ideologia pode ser considerada a moeda de troca do pobre. É quase como um "bitcoin" das relações humanas. Praticamente não existe em termos palpáveis. Pouco ou nada vai mudar nossa vida prática, já que esta é bem mais influenciada pela posse ou não de dinheiro. No entanto ultimamente se torna cada vez mais a medida de nossas relações.
DJ.
sábado, 5 de janeiro de 2019
Bolsonaro e a Proteção de Ego.
Já discuti sobre isso antes, mas suponho que agora também seja um bom momento. É bom relembrar um pouco o motivo de estarmos onde estamos agora. O movimento de extrema direita que tomou o país e elegeu você sabe quem, teve sua origem, seu germe alguns anos atrás. Tudo começou com a ascensão dos movimentos feminista, LGBT e negro. Quando esses movimentos começaram, era como se dedos, ou posts de facebook, fossem apontados na cara da sociedade dizendo: Você é machista, você é racista, você é homofóbico. Todos nós somos em algum nível. Quem não reconhece isso está fazendo parte da triste realidade a que me refiro aqui.
Assim como a água tende a se nivelar naturalmente a mente humana sempre que possível vai procurar naturalmente alguma forma de proteção de Ego. Vai procurar sempre que possível desviar sua responsabilidade para fora de si mesmo. Colocar a culpa em outra coisa ou pessoa. Reconhcer seus erros é algo praticamente impossível pra algumas pessoas, por algum motivo ou outro. Antes de reconhecer seu erro, o que levaria a necessidade de mudança, elas preferem ajustar todo o mundo a sua volta a sua maneira de pensar. É uma inércia mental.
Durante um tempo, quando os movimentos de minoria se levantaram, a sociedade ficou como uma barata tonta rodando e se contorcendo. Ela pensava: "Isso não pode estar certo, eu não sou machista, nem homfóbico, também não sou racista".
"Como não posso mais passar uma cantada em uma mulher na rua?"
"Como não posso chamar um amigo de viado?"
"Já fiz tudo isso."
"Estava errado, todo esse tempo?"
Como uma criança birrenta que não quer pedir desculpa por ter feito algo errado. As pessoas precisavam de uma saída, alguém ou alguma coisa que "pagasse essa fiança" para eles. Os livrasse de sua culpa.
Dai veio o salvador da pátria, o salvador dos Egos contorcidos. Bolso e o extremismo de direita. Essa ideologia diz que não existe feminismo, não existe movimento LGBT nem movimeto negro. É tudo mimimi. Feministas são terroristas. A escravidão nem sequer aconteceu. Prefiro meu filho morto do que gay. Isso é tudo parte de uma conspiração comunista pra destruir a família brasileira. Pra acabar com a macheza, sejá lá o que isso for. Você não está fazendo nada de errado, você nunca fez nada de errado. Pode continuar como você está. Você não precisa mudar nada. Evoluir nada.
Você é perfeito.
"Que alívio!"
Isso é tudo que as pessoas precisavam. Todos correram pra debaixo do guarda chuva de proteção da extrema direita. Da voz que dizia que eles nunca fizeram nada de errado.
Assim como Anakim Skywalker preferiu ouvir o Imperador que só o elogiava em vez de ouvir Obi Wan Kenobi que para treiná-lo, precisava que ele reconhecesse seus erros e mudasse.
Isso corre de uma maneira tão pesada que existem mulheres machistas, negros racistas e gays que votaram no Bolso. A força da proteção de Ego é tão forte, o impulso para se livrar da responsabilidade é tão grande, que as pessoas olham para o Bolso e pensam que ele tem capacidade pra ser alguma coisa na vida. A realidade se distorce. É como uma droga. Nada importa pra mim. A história não importa, o bom senso não importa. Não importa que ele seja um incompetente completo. Poderia ser até uma pedra ali, desde que essa pedra me dissesse que eu não fiz nada de errado e não preciso mudar.
Danilo Gentilli está produzindo um documentário criticando o politicamente correto.
Quem me fez ver isso foi justamente Robert Crumb, o desenhista. Crumb sempre foi criticado pelas feministas por desenhar explicitamente suas fantasias sexuais em seus quadrinhos. E ele sempre foi de esquerda. Sempre atacou as elites corporativas em seu trabalho. Participou dos movimentos de minorias desenhando cartazes. Ele teve sua cota de desentendimentos com as feministas, mas quando criticado muitas vezes não revidava, nem se escondia atrás de ideologia nenhuma. Ele entende que como artista você não pode se esconder. Ele dizia: "Não tenho desculpa nenhuma, meu trabalho é doido mesmo".
Em outras palavras, ele assumiu a total responsabilidade pelo seu trabalho. Pelos seus atos. É isso que eu faço. É isso que eu sou. Não tenho nenhuma desculpa. Mesmo que não se tenha intenção de mudar, não é mais honesto assumir a responsabilidade pelos seus atos do que se esconder atrás de uma ideologia?
Pra mim é ai que se traça a linha entre o artista e o ativista político.
Essa é a diferença. Se todas as pessoas pudessem assumir a responsabilidade pelos seus atos, nunca teria existido um movimento de extrema direita forte. Ele teria se dissolvido. Não teria necessidade de uma proteção de Ego.
Por outro lado as pessoas não percebem que a coisa toda é puramente simbólica. A vida dos negros realmente mudou com a eleição de Obama? O racismo parou? Não acho. Da mesma forma, o movimento feminista, gay e negro não vai parar porque Bolso foi eleito. Se algo acontecer, será fortalecido. Não deixaram de existir gays porque ele for eleito.
Mas as pessoas querem essa ilusão. E brigam por ela.
DJ.
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