sábado, 22 de janeiro de 2011

DAVE SIM FALA em Português.


Olá amigos! Hoje decidi postar uma coisa especial para nós trabalhadores da arte de quadrinhos. Um texto que me causou um impacto muito grande quando li. 

O texto é de ninguém menos que Dave Sim. Nunca ouviu falar? É, ele é bem pouco conhecido por aqui. Pois bem, Dave sim é o autor de Cerebus,  até onde eu sei a série independente de maior longevidade dos quadrinhos até o momento. Cerebus teve 300 edições publicadas de forma independente entre 1977 e 2004. Sem interrupções. Mas mais do que isso, Dave Sim é meio que um Papa dos quadrinhos, e o tipo de quadrinho que mais vale apena, aquele de autores independentes. Ele ajudou a criar, junto com Scott McLoud, Kevin Eastman e outros, a carta de direitos dos autores de quadrinhos. Coisa que ajuda muito se alguém algum dia topar com uma grande editora pelo caminho. Mas mais ainda doque isso, quadrinhos pra ele é mais do que pra qualquer outra pessoa que ja vi. É todo um  modo de vida, uma maneira de pensar. Alguns dizem que ele exagera um pouco. Leiam o texto e tirem suas conclusões. Mas é claro, qualquer coisa que você aproveitar do que ensina irá lhe ajudar se é quadrinhos independentes que você quer.

Além de fazer tudo isso ele compilou as cartas que recebia nas edições de Cerebus e lançou o "Guia de publicação independente". 

DJ. 

DAVE SIM FALA. 

        Eu me lembro de começar no ramo de quadrinhos. Você sabe que está ficando velho quando começa uma frase com “Eu me lembro”.

Felizmente não sou velho o suficiente para ver esses dias através dos óculos rosados da nostalgia enganosa.

        Foi principalmente um tempo assustador. Eu estava vivendo sob o teto dos meus pais. Estava fazendo alguns desenhos e roteiros como freelance. Tinha largado a escola. Era virtualmente impossível que eu fosse contratado para algum emprego.

        Eu estava ficando melhor no desenho, mas ainda não era muito bom. Minha produção era intermitente. Eu era fã e colecionador de quadrinhos. Eu tentei todo tipo de arte cartoon: Cartoons políticos, livros infantis, animação, roteiros, letras, cartoons para revistas, uma tira de jornal semanal, caricaturas, super heróis, ilustrações soltas, design de logotipos, storyboards.

       Eu gostava de dizer nos primeiros anos em que fiz Cerebus, que ninguém me deixaria me vendê-lo. Então eu decidi tentar integridade.

       Existe um momento no começo da carreira de qualquer aspirante a desenhista quando ele decide levar sua carreira a sério. Ou decide não levar. É realmente simples assim. Meu momento chegou no outono de 1975.

      Eu cheguei a súbita e horrivel conclusão de que eu estava me iludindo, mentindo pra mim mesmo. Eu não era produtivo. Meu esforço era pela metade. Eu não estava, como técnicos de futebol dizem, dando 110 por cento. Eu estava dando cerca de 10 por cento. Às vezes 20.

    Eu estava conseguindo da minha incipiente carreira com quadrinhos exatamente o que eu estava dando a ela. 10 por cento, às vezes 20. E eu fiquei com raiva. Eu fiquei com raiva não de uma maneira auto destrutiva como acontece com vários aspirantes a criadores de quadrinhos - que é com raiva do mundo, com raiva dos diretores de arte que não viam a minha genialidade, raiva dos imbecis que compravam quadrinhos escritos e desenhados por pessoas com talento inferior ao meu, com raiva das portas que não se abriam só porque eu queria.

     Eu fiquei com raiva de mim mesmo. Fiquei com raiva do bastardo preguiçoso e letárgico que eu via no espelho. Fiquei com raiva do egomaníaco que olhava para seus esforços e resultados fracos e se contentava com o fato de ser melhor do que vários outros que estavam por ai, e esperava que essa atitude o carregasse, algum dia ao panteão dos criadores cujo trabalho ele adorava -- Neal Adams, Berni Wrightson, Barry Smith, Mike Kaluta, Jeff Jones e outros.

      Raiva não era a descrição correta. Fúria chega mais perto. Eu estava furioso comigo mesmo. Eu me chamei de todos os nomes que existiam. Eu olhei pra todas as minhas artes em meu estúdio no porão e decidi que, se não era merda, era certamente algo mais próximo de merda do que de qualquer outra coisa.

      Nesse ponto existiam apenas dois caminhos a seguir. Ou você joga tudo fora e arranja um emprego no McDonalds, ou decide fazer alguma coisa por você mesmo. O “eu” raivoso, o “eu” furioso, que estava enojado por cada mentira e racionalização e desculpa que formavam a base de minha “carreira” perdeu as forças.

 

        Qualquer nível de emoção intensa pode ser mantido apenas por um curto período de tempo, até se exaurir. E então, felizmente, existia uma voz dentro da minha cabeça que era fria, sem paixão, cortando no coração do problema com a precisão da navalha de um neurocirurgião.

 

“Bem”, a voz disse, “agora o que você vai fazer sobre isso?”.

      

       Eu estava com a mente totalmente concentrada nas implicações dessa questão. Mesmo estando enojado pelas mentiras que eu havia dito a mim mesmo, elas ainda estavam na superfície, eu estava enfrentando uma troika de potenciais.

 

       Eu havia definido o problema: Mentiras, racionalizações, e desculpas. Nojo dessas coisas pode servir a dois propósitos -- pode aprisionar, isolar e segregar as mentiras, racionalizações, e desculpas, ou pode se tornar em si mesmo, outra mentira (Eu não sou bom, eu devia desistir), outra racionalização (Por que me importar? Eu nunca serei bom o bastante), ou outra desculpa (Se não sou bom o bastante, não há razão para tentar).

       Nenhuma dessas opções era de qualquer forma a resposta para a questão e eu sabia disso. Havia um “eu” mais lógico que podia ver o conflito com o desapego de Marte examinando um campo de batalha.  Autodesprezo, mentiras, desculpas e racionalizações podiam encobrir a razão. A razão podia ser arrancada fora no nanosegundo que levaria para as sinapses no meu cérebro vocalizarem : “Eu desisto”.

      Todos sabemos o que deveríamos fazer. Não importa o quão sem solução um problema pode parecer ser, sempre há alguma coisa que podemos fazer, mas mesmo assim não fazemos.

 Escreva-os. Faça uma lista.

 Isso foi o que eu fiz. Isso é o que todos podem fazer.

       Não existe uma única boa idéia que não possa ser derrotada por uma mentira, racionalização ou desculpa. Vou dar um exemplo. Vamos dizer que eu sou você. Eu sou jovem, desconhecido e eu quero entrar no mercado de quadrinhos.

       Vamos dizer que a primeira coisa na minha lista é fazer uma tira para o Comic Buyers Guide. Primeira mentira: Eu não sou bom o bastante. Eles recebem centenas de tiras, por que escolheriam as minhas? Eu odeio o Comcs Buyers Guide. Não consigo ter nenhuma idéia.

      Eles vão perder meu trabalho. Vão roubar meu trabalho. Não é o que você faz, é quem você conhece, e eu não conheço ninguém no Comics Buyers Guide. Eu não sei para onde mandar. Eu não sei a quem mandar. Dá muito trabalho. Eu não sei como finalizar, eu não sei colocar letras.

      Se esses são os primeiros pensamentos que passam por sua cabeça ao contemplar os primeiros passos pra construir sua careira, eu tenho uma notícia para você: a parte mentirosa, racionalizante e reclamona que existe em você está no comando. Você não está indo a lugar nenhum, e mais do que isso, você merece não ir a lugar nenhum.

                      Talvez a segunda coisa na sua lista seja fazer uma tira e enviar ao seu jornal local. De novo: Eu não sou bom em encontrar pessoas. Eu não sei para quem ligar. Eu não sei para onde enviar. Eles vão rir de mim. Eu não sei o que eles querem.

          Probabilidade está contra você. Probabilidade está sempre contra você. Probabilidade está contra todo mundo. Vamos dizer que você faça uma tira e mande pra o editor diga: “Sim, está bom, mas nós tivemos um cara fazendo tiras durante três meses e ele desistiu porque ficou entediado”.

         Você provavelmente fará a mesma coisa.”Isso realmente aconteceu comigo... uma das primeiras coisas que aconteceu depois que eu me perguntei, “Sim mas o que você vai fazer sobre isso? Então o que eu fiz? Eu fui pra casa e disse “Eu desisto, não dá certo?”.

Não.

        Eu sentei e fiz um ano inteiro de tiras, 52 delas em cerca de três semanas. Se a única duvida dele era de que eu ia me entediar e desistir, só havia uma maneira de provar a ele que esse não era o caso. A tira foi publicada por dois anos. Eu ganhei cinco dólares por cada uma.

       Faça uma lista. Faça uma longa lista. Escreva tudo que você pode fazer- TUDO. Não deixe nada de fora. Coisas certas, coisas incertas, coisa improváveis. Desenhe páginas de amostra, histórias finalizadas, mini-quadrinhos, pôsteres.  Tire fotocópias e mande pra qualquer lugar, qualquer pessoa que você puder fazer contato.

       Cinco dólares, dez dólares, de graça. E quando tiver terminado a lista, quando tiver mandado tudo pelo correio pra todos os mercados possíveis com um envelope auto-endereçado para retorno, faça outra lista. Não sente e fique olhando a sua caixa de correio. Esqueça o que você mandou e se concentre na próxima coisa. Quando as cartas de rejeição chegarem, embale de novo e mande pra outros lugares.

Não há vergonha na rejeição se você pelo menos tiver tentado. A única vergonha é se esconder em derrotismo, mentiras, racionalizações e desculpas.

      Aprenda enquanto você segue. Não apenas como desenhar melhor, como finalizar melhor, com melhorar suas letras; aprenda como aceitar as rejeições sem se abater, aprenda como lidar com clientes e possíveis clientes de uma forma calma, racional e razoável. Aprenda como empurrar você mesmo para trabalhar mais duro, trabalhar mais eficientemente.

     Na segunda metade do século XX a maioria da população gasta a maior parte de seus esforços tentando encontrar o máximo de retorno com o menor esforço possível. Aprenda a superar os seus desapontamentos no tempo mais curto possível.

     Se não segundos, então minutos. Tenha a mesma atitude com os seus sucessos. Tempo gasto em celebração é o mesmo que tempo gasto em desencorajamento desnecessário. Aproveite o momento do sucesso, a carta de aprovação, o cheque inesperado, o benefício oportuno, por exatamente um momento e não mais.

     Exaltação improdutiva é um desperdício de recursos. Um espírito de otimismo acima do comum deve ser combustível para o fogo criativo e o fogo das ambições da sua carreira. Não sente folheando uma revista em quadrinhos em que você foi publicado, sonhando acordado em ser o convidado de honra em alguma futura convenção de quadrinhos.

         Vá a uma gráfica, tire fotocópias e envie pra todos os mercados nas próximas 48 horas. Use cada pequeno sucesso para gerar sucessos maiores. Seja confiável. O que quer que queiram pronto, quão difícil possa ser o prazo, empenhe-se além das suas percepções sobre as suas próprias limitações. Crie músculos criativos em vez de alimentar a gordura das mentiras, racionalismos e desculpas.

            Bem no fundo, no fundo dos seus instintos criativos, como você acha que está se saindo? Você está dando 110 por cento 365 dias por ano?
            Ou você está dando 75 por cento dos seus melhores esforços num período de uma semana ou duas e depois cinco ou três de nada por um mês depois disso? Você estava doente. Isso é uma mentira e você sabe disso. Você teve um resfriado por dois dias que você esticou pra três semanas. Sua espinha não estava quebrada, você tinha uma gripe. Desenhe com uma mão e assoe o nariz com a outra.

           Do escritório em Sioux City, Iowa, aqui está uma lista das dez maiores mentiras, racionalizações e desculpas.

          Número dez: Bloqueio de artista, bloqueio de escritor. Isso é uma falha de vontade, motivada por um medo da falha, centrada na preguiça. Cale a boca e desenhe alguma coisa.

          Número nove: Estratégia e desenvolvimento de um conceito: Pare de rabiscar no seu caderninho e produza alguma coisa útil.

           Número oito: Recarregando as baterias. Falha de vontade, ampliada pelo medo do fracasso, centrada da preguiça como uma desculpa para ler quadrinhos e ver TV o dia todo.

          Número sete: Contato com outros artistas. Perdendo tempo com outras pessoas preguiçosas e improdutivas e compartilhando das suas mentiras, racionalizações e desculpas, além de algumas cervejas e baganas.

         Número seis: Se organizando: Mudando pilhas de cartas inúteis, quadrinhos e fanzines de um lado da sala pra outro, um de cada vez para poder ler todos eles e evitando desenhar.

        Número cinco: Colaborando. Tendo alguém pra conversar depois que você leu todos os seus quadrinhos, sobre páginas que você não está desenhando, até começar seu programa de TV.

        Número quatro: Consultando/criticando. Mostrando as três páginas que você desenhou seis meses atrás a quadragésima pessoa e perguntando o que elas acham, pra que você não tenha que desenhar a quarta até o natal.

       Número três: Telefone ou internet. Artistas produtivos não tem um telefone, ou se tem eles os desligam. Artistas improdutivos atendem chamadas não importa o que eles estejam fazendo, de qualquer pessoa. Artistas realmente improdutivos recebem ligações e fazem ligações. Os casos sem solução tem chamadas em espera pra que nunca precisem desligar, mudando de ligação em ligação durante o dia de trabalho como Tarzan se movendo pela selva.

       Número dois: Coração partido. Supere. Você vai dormir com alguém de novo. Existem muitos peixes nesse mar, blá blá blá blá. Agora mesmo, você está certo, Ninguém te ama. Sorte sua. Volte ao trabalho. 

E rufem os tambores, por favor...

      A mentira, racionalização e desculpa número um- Mídias eletrônicas. Jogos de computador, Internet, vídeo games, e o galactus da mídia eletrônica... Televisão. Vídeo- games e Internet são abomináveis desperdícios de tempo, não levam a nada, eles são o buraco negro da vida intelectual e criativa. Aquele grande som de sucção que você escuta é tempo e atenção desaparecendo no éter. Seria mais fácil sugar seu cérebro pra fora com aspirador de pó.

         Agora é quando eu vou alienar todos na sala. Televisão é ruim pra atenção, assim como a música. Não ruim com “r” minúsculo, ruim com ‘r” maiúsculo.  Um jogador de golfe profissional não dá uma olhada no capítulo da novela no caminho pra sua próxima jogada. Jogadores de futebol no banco de reserva não estão escutando “Dark side of the moon” do Pink Floyd em seus walkmans.

       Um pianista profissional não escuta o 'Exterminador do Futuro 2' enquanto pratica um concerto. Se você sequer sugerisse a um deles algo assim, eles diriam que você tem um parafuso frouxo. Foco dividido não é foco. Todos vocês discordam de mim, mas tudo bem, eu estou certo e vocês estão errados. Foco dividido não é foco. Foco exclui companhia e a ilusão de companhia. Isolamento, silêncio e treinamento de todas as suas faculdades, de forma que tudo que existe para você é a sensação do lápis ou da caneta, as sutilezas da pressão da ponta daquele lápis ou daquela caneta, por meio da completa exclusão de todos os outros estímulos, é um caminho universalmente ignorado mas auto-evidente para a melhora. Não é fácil no começo. Nada que vale a pena é fácil no começo. Mas a voz interior que deseja gratificação instantânea, estímulo, diversão e distração é uma voz destrutiva que deve ser contida e não contentada. 'Que música legal. O que estará passando na TV? Quero ler uma revista de quadrinhos. Tô com fome. Tô com sede. Oba, o telefone! [Ou e-mail, ou messenger.] Quem será? Buá, número errado! Eu queria conversar com alguém. Eu estou só, preciso falar com alguém.

        Com o telefone fora do gancho, o rádio, TV, e toca-CD desligados, com todos os estímulos exceto a página diante de você eliminados, você terá um foco melhor, e verá resultados melhores. A voz interior que deseja gratificação instantânea fará uma de duas coisas depois que parar de reclamar e chorar. Ela irá cair no sono, deixando que seus aspectos criativos trabalhem sem distração, ou irá se unir ao foco. Ela irá obter sua gratificação da curva perfeitamente executada do pincel. O desenvolvimento inovador de um novo design de página. O surgimento gradual e gratificante de sua melhor página. Uma página que representa um salto quântico de sua melhor página anterior, em um reino novo, não-explorado e excitante, que é a clarificação, o refinamento, e o espontâneo novo passo na escada da superação criativa que é sua e só sua para escalar.

        Há uma diferença entre o artista que constantemente se desafia, que experimenta, que sempre está focado na escalada dolorosa e interminável em sua escada pessoal de sucessos... E o artista que atinge um pico e então se retrai a uma eficiência de operário e então decai para a autoparódia. E você se pergunta, por que isso? Por que esse artista ficou melhor e melhor e melhor, e então parece que deixou de se importar o bastante para seguir subindo?

Duas palavras.

Foco dividido.

        Outra coisa se tornou mais importante para ele. Pode ser a esposa e os filhos. Pode ser a fama. Podem ser posses materiais. Pode ser um contrato para filme ou merchandising. Podem ser drogas. Pode ser álcool, um caso, doença, morte de um amigo ou parente.

        Ou pode ser que eles aprenderam como fazer um produto competente o bastante para satisfazer pessoas o bastante para manter seu padrão de vida. Quando eles estavam subindo, talvez dez por cento de sua atenção estivesse na televisão ou na música, e noventa por cento em seu trabalho. Talvez agora, esteja cinquenta por cento na TV e  cinquenta por cento no trabalho. E naqueles momentos em que eles olham para trás e vêem seu trabalho antigo, eles têm uma súbita pontada de reconhecimento e dizem para si mesmos uma mentira (meu estilo mudou um pouco, é só isso), inventam uma racionalização (eu tenho muito mais obrigações, não posso passar um dia inteiro em uma página), ou acham uma desculpa (os materiais de arte ficaram piores, não consigo mais achar tinta nanquim decente).

             A guerra contra as mentiras, racionalizações e desculpas dura a vida toda. Elas são o inimigo de todo novato, todo diletante, todo veterano neste ou qualquer outro campo. Uma vez que você ceda um pouco, é mais fácil ceder na próxima vez. E na vez seguinte.

            Seja honesto com você mesmo. Sempre se force a escalar o degrau seguinte. Nunca desça um degrau ou pegue um atalho por escolha própria. Quando der uma parada, satisfaça sua necessidade para gratificação. Recompense a si mesmo por empurrar a barreira de suas limitações. E então volte imediatamente a empurrá-las.

           A curto prazo, você pode conseguir muito com um foco dividido, jorros intermitentes de energia e entusiasmo, sorte, talento natural, e conhecer as pessoas certas. Mas a longo prazo, é só por meio de dedicação incansável, trabalho duro, e sempre testar e expandir as barreiras de suas limitações, vem dia e vai dia, que você terá a chance mais remota de se tornar uma Rumiko Takahashi ou um Amano, ou seja lá quem for que você considere a pessoa que escalou mais alto, produziu o melhor, alcançou mais, e brilhou com mais força.

 

Obrigado.

Tudo o que você sempre quis saber sobre o Oigo!     (Mas não sabia a quem perguntar!)   Por Diego J.        Acho que o "verme" da...